No estádio João Cardoso esperava-se um jogo de futebol, mas que lá foi esta tarde para ver o Tondela-Sporting a contar para a Taça da Liga teve direito a um bónus de três golos que merecem ser vistos, revistos e, se Rúben Amorim e Tozé Marreco assim o entenderem, até emoldurados.
Foi com um 2-1 que os leões conseguiram apurar-se para as meias-finais. Duas jogadas de futebol coletivo de belo efeito – Bragança marcou e assistiu Paulinho -, que foram contrapostas por uma outra, do Tondela, que Hélder Tavares escolheu concluir com um pontapé de bicicleta.
Com este resultado, o Sporting soma seis pontos no Grupo C da Taça da Liga e marca encontro com o SC Braga para janeiro.
Subscrever newsletter
Em apenas cinco minutos, e com Paulinho a ser esta noite o ponta de lança único do Sporting para atacar a passagem às meias-finais, o Sporting conseguiu criar perigo, precisamente pelo avançado, que respondeu a um pontapé de canto de Pote com um cabeceamento à trave.
A titularidade do ponta de lança foi uma das muitas que Rúben Amorim confiou a peças que têm sido de segunda linha no Sporting desta época, a começar logo pela baliza, onde Israel assumiu o lugar de Adán. Também Neto, Bragança e Trincão mereceram a confiança do treinador esta tarde.
E que feliz terá ficado Amorim quando viu o que a sua equipa fez aos 16 minutos. A jogada começou no corredor direito e, numa sucessão de passes ao primeiro toque, Daniel Bragança apareceu isolado já no interior da grande área do Tondela. Lá, recebeu com o peito e marcou o primeiro do jogo com um vólei que bateu Ricardo Silva.
Viu a história repetir-se aos 31′, numa nova prova de que o Sporting tomara o gosto ao futebol jogado ao primeiro toque. Desta vez, a jogada nasce à esquerda e termina à entrada da grande área, de onde Paulinho, de pé direito, rematou rasteiro e colocado após assistência de Bragança.
O futebol leonino estava bem, recomendava-se e fazia nascer das bancadas um entusiasmo que, até ao intervalo, não teve razões para esmorecer. Ciente disso, Amorim até aproveitou para fazer descansar Pote a partir do intervalo, lançando Edwards para o seu lugar.
Com o jogo controlado, aproveitou também para voltar a dar minutos a Quaresma e Essugo, que renderam Neto e Daniel Bragança, este último a sair do relvado com um golo e uma assistência na conta pessoal. Pois bem, saiu um autor de jogadas bonitas, brilhou outro, mas do lado contrário do campo.
Corria o minuto 75′ quando o Tondela atacou pelo corredor esquerdo e Xavier tirou um cruzamento que foi desviado pelas costas Quaresma. Matheus Reis, que tinha ido à pequena área para tentar resolver aquela bola, acabou por ser traído por um ressalto no relvado. Atrás dele estava Hélder Tavares, que nem pediu licença: de costas para a baliza, saltou, esticou-se para chegar à bola e fez um pontapé de bicicleta que só parou no fundo das redes.
Assim se fechou o resultado de um jogo em que a expressão “futebol espetáculo” ganhou novo fôlego.
Onze do Tondela: Ricardo, Tiago Almeida, Bebeto, Abdoulaye Ba, Ricardo Alves, Mezenga, Luan Farias, Ceitil, Lucas Barros, Yaya e Daniel dos Anjos
Onze do Sporting: Israel, Esgaio, Neto, Gonçalo Inácio, Matheus Reis, Nuno Santos, Hjulmand, Bragança, Trincão, Pote e Paulinho
O jogo foi arbitrado por David Rafael Silva, assistido por Nuno Eiras e Nelson Cunha. O VAR foi Bruno Esteves.
Suplentes do Tondela: Léo, Xavier, Hélder Tavares, Rui Gomes, Costinha, Luís Rocha, Cuba, Maranhão e França
Suplentes do Sporting: Adán, Morita, Gyökeres, Edwards, Essugo, Geny, Diomande, Quaresma e Afonso Moreira